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domingo, 25 de dezembro de 2011

Um brinde!

Vou me alimentar de hipocrisia
Fingir alegria todo dia
Brindar a falsidade,
O medo e a solidão
Fazer de contar que há paz no coração
Que o sossego reina na hora do sono
E que o sono vem fácil

Vou vestir a máscara
Pra ser igual a todos os iguais
Acreditar que tudo muda no fim do ano
Que ano que vem a esperança vai mudar alguma coisa
Como se algo mudasse assim

Repentinamente

sábado, 24 de dezembro de 2011

Desde o começo de tudo, muitas coisas mudaram no mundo e ao mesmo tempo o mundo continuou no mesmo lugar. O relativismo tomou conta e matou as coisas que poderiam ser eternas. O acaso passou a ser estatística, probabilidade. O mundo hoje é mais cético e não há grandes revoluções por aí. Muito se fala, pouco se faz.
Eu tenho várias dúvidas, mas também tenho certezas e uma delas é que nada vai mudar enquanto as pessoas não mudarem suas atitudes. Tanto faz direita e esquerda enquanto as pessoas continuarem fazendo o que fazem. Tanto faz direita e esquerda se todos mudarmos nossas atitudes e passarmos a fazer o que é certo.
Aí você me pergunta: o que é certo? O certo é viver respeitando o próximo. “A minha liberdade termina onde começa a tua”. Todos com os mesmos direitos e deveres. Outras atitudes podem fazer outro mundo. Essa não é uma verdade absoluta. Mas hoje é natal, fim de ano, e eu tenho o direito de acreditar. E sim, eu acredito numa mudança de atitudes. Não amanhã, mas quem sabe ano que vem. Porém, não quero que as coisas sejam perfeitas. Se chegarmos a perfeição não terá mais graça, pois não teremos o que criticar, não teremos pelo que lutar e nem em que acreditar.
Acima de tudo, acredito que mesmo quando o mundo for mais justo, não haverá muito sentido por aqui. Vamos continuar nascendo, comendo, ficando gordo, querendo entrar em algum padrão de beleza ou de intelectualidade e, indo além, continuaremos sabendo que esse mundo é o que sempre foi. Nunca estaremos satisfeitos. Se eu acreditasse em alguma natureza humana, diria que a base dela é reclamar.
Agora, a única coisa que me resta é viver nesse mundo sem sentido, acreditar nessas pessoas sem sentido, fazendo o meu papel de atribuir algum sentido a tudo como melhor me convém.

Uma simples (de coração) homenagem a Humberto Gessinger.

Ele já fazia sucesso quando eu nasci. Eu nasci no ano do Várias Variáveis. Anos mais tarde, seria justamente uma das músicas do VV que me faria a cabeça: ‘Piano bar’, na versão do ‘10.000 destinos’, primeiro álbum que chegou lá em casa por meio da minha irmã mais velha. Depois dessa música, muitas outras foram me fascinando com o tempo. A influência de Humberto Gessinger na minha vida é mais do que isso. Foi através das músicas dele que eu descobri outra forma de ver o mundo. Ele me salvou de ser mais uma na multidão.
O que eu mais gosto em cada música é a subjetividade que ali existe, nos dando várias possibilidades, mas com um fundo imutável. Ao mesmo tempo em que é simples, torna-se complicado explicar. Acredito que seja algo mais de sentimento, de olhar pela janela enquanto se percebe o mundo girando. Cada um vê seu mundo de um jeito, cada um sente o mundo de uma maneira diferente, mas quem ouve as canções de Gessinger, vê sempre um horizonte mais aberto, os olhos sempre mais atentos a cada movimento, sabendo que é preciso duvidar ao mesmo tempo em que é preciso acreditar.Eu, e meus irmãos De Fé, sabemos que nada faz sentido, por isso mesmo há muito que fazer.
E nesse dia estamos juntos para dizer ao melhor compositor do BRock: Feliz aniversário!

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

É muito claro
É muito calor
A luz cega
O fogo sufoca
E a saudade incomoda
Soa uma frase ao longe
Mas é tão longe
Que a luz clara do sol
Não deixa atravessar
E o calor que me faz agonizar
Me deixa em silêncio
E com vontade de gritar.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

O comunista

Márcio era comunista!
Foi na adolescência, como muitos. Um primo estudava sociologia na Universidade Federal lhe apresentou Marx, Luis Carlos Prestes e Che Guevara.
Depois disso lia livros só desse assunto. Via filmes só desse assunto. Ouvia só músicas de protesto. Não assistia a globo por nada no mundo.
Apenas a luta das classes lhe importava na vida. Nada menos que mudar o mundo era a única coisa que lhe importava na vida.
Fez sociologia também, que nem o primo. O primo, depois da faculdade, conseguiu emprego em escola particular e nunca mais falou no assunto.
Durante o curso, Márcio realizou o sonho de visitar Cuba. Quando voltou, contou a todos, repetidamente, maravilhado, como tudo era lindo e perfeito lá. Jurava pra si mesmo mudar-se para Cuba se o mundo ainda fosse o mesmo até seus sessenta!
Ele lutava para o mundo mudar. Quando professor, falava como as coisas poderiam ser diferentes. Participava de manifestações na rua, na internet; participava das reuniões do partido comunista e tentava converter todos a se juntar à revolução e mudar o mundo.
No blog, o mote principal para conversão dos visitantes era:

“Você pode me achar um sonhador,
Mas eu não sou o único
Talvez um dia você se junte a nós
E o mundo será um só”

Até numa manhã em que saiu mais cedo do emprego entrou na primeira casa lotérica e apostou na mega sena. O prêmio estava acumulado. Eram muitos milhões. E os números sorteados foram os mesmos que Márcio havia jogado.

Márcio Milionário nunca mais falou sobre comunismo, Marx ou Che. Parou com as aulas no mesmo dia, comprou muitos imóveis na cidade e alugou todos.
Mudou-se e ninguém sabia dizer pra onde.
Mudou-se pra Las Vegas e abriu o “Cassino Vermelho” ganhando os niqueis das velhas aposentadas e dos trabalhadores assalariados.
Todo ano viaja. Não mais para Cuba, mas para a Europa. Há quem diga que já jantou com a Rainha Elizabeth e comprou um castelo lá na Grã-Bretanha. Castelo muito bem cuidado e limpo por centenas de empregados seus.

sábado, 17 de dezembro de 2011

Luciana Van Gobi

Luciana Van Gobi não ficou mais on line
Nem pra despedida ela ficou
E depois de tanta saudade
Consigo lembrar das coisas que a gente não viveu
Foram tantas coisas coloridas
Em tardes de outono
E só nós achávamos graça
E ficamos ouvindo que
‘Todo mundo é uma ilha’
Que nada tem sentido
Mas a gente ria
E isso era o importante
E isso era a graça da vida.

Mas Luciana Van Gobi sabe onde está
Ela não se perdeu dela mesma
Ela é fiel ao que pensa
E mesmo que não volte
É coisa permanente pra se lembrar.

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

É falta do que fazer ficar andando em círculos
E falta coração pra se admitir
Atos que não foram feitos por coragem
Mas por pura fé
Que temos no tempo
E jamais em nós mesmos

Tudo tão certo e óbvio
E a gente a reclamar por coisas
Que não fazem sentido
Que não tem motivo pra se fazer
Escute que é agora mesmo
O tempo de se ficar em silêncio

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A minha sorte é ter chegado na hora
A minha sorte é ter me atrasado na hora certa
Não foi uma questão de escolha
A coisa foi imposta
O momento foi trágico
Quase cômico
E quase mentira

Não tenho pressa
Não quero pressão
A prisão de todos os dias
Já é suficiente pra toda essa falta de atenção


A minha vontade sempre é maior
Meu instinto sempre grita
Eu me curvo, obedeço
Não me culpo no fim
É tudo sagrado enquanto respiro.

domingo, 11 de dezembro de 2011

Misturo tantas coisas
Que no fim me sinto misturada
Nunca dissolvida
Nunca inteira
Mas no fim das contas
Nada mesmo quer dizer alguma coisa
Palavras jogadas ao vento
Vento que leva pra longe
E todo o resto vira veneno
E tudo o que não foi vira saudade
E toda saudade vira uma história inventada.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Me perdi em pensamentos
E acabei esquecendo o que era pra ser dito
Um reflexo no espelho
Não reflete o que eu vejo
Nem em sentido mais abstrato
Haveria sentido
E é o como e o quando da vida
Que nos deixa perdidos
Caminhando ora em florestas negras
Ora em praças ensolaradas e com brisa fresca
Uma parte do todo
Um pequeno pedaço de mundo
Um subsolo
É o que está por trás de tudo
Que faz esse todo
Que uns pensam e questionam
Que outros preferem nem saber
Há sempre um objetivo em tudo isso
E eu me perco em pensamentos
E fico sem saber
O que era mesmo que eu queria dizer.

terça-feira, 29 de novembro de 2011

Queimei a boca tomando café
E parei pra pensar nas vezes em que me queimei
Por pura opção
Pra sentir o gosto estranho
A sensação
Certeza da diferença que se sentiria
E o sentimento que impulsionaria

O impulso que nos leva além de nós mesmos

Descobrir outro caminho é bom
Faz parte de quem ta vivo
De quem vive em meio a tanto
Caos

Caótico que somos
O construímos todo dia um pouco

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Além

O tempo que eu consumo
Também me consome
O tempo que eu consumo
Some
Produto além das prateleiras
Além do metal que produz som
Além da Luz que não se sabe da onde vem
Quando vem
É tempo de 'desconsumir'
E se estabelecer como Ser
E ver a beleza
Que está sempre mais além.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Acordei com o pé ainda inchado e o coração ainda vazio. Depois de um tombo assim, não há outro jeito de ser. Ninguém tem a intenção de machucar alguém, mas “são coisas da vida”, ouço dizer por aí e me conformo.

Machado de Assis não sabia nada. É melhor cair do 3° andar do que das nuvens.

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

Oração

Não é um sentido vago
É um vazio estranho
Sem medo
Sem raiva
Sem frustração

Não é o caminho oposto
É estar perdido
Sabendo aonde se vai
Sabendo por que se vai
Sabendo que não se deve ir

Não é o não querer
É o saber
Ainda que seja pouco
Ainda que esteja por pouco
Ainda que nem seja

Não é um pedido
É um apelo
Sem medo
Sabendo que não se deve ir
Ainda que seja pouco.

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Ritos de passagem

De um mês para o outro
De um momento eterno para o sentimento estranho
Selados com o colar no pescoço
Com o sentimento exposto
A verdade na cara
E um beijo na boca
Um tapa na realidade
E acorda molhada pelo suor
Das noites quentes de verão terrível
Com algo a latejar no peito
E o ar a sufocar

Faz parte da vida morrer um pouco todo dia.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

As pessoas não se importam
O que querem, afinal?

Eu não me importo com o outro
Eu me importo com o todo
O que eu quero, afinal?

O que quer o Ser e a Sociedade?
Os índices que nos fazem
Um ser social e sociável

O que quer cada um?
E o que quer o todo?

Pouca ou nenhuma diferença faz.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Não sei manter o foco
E não sei por que tento me explicar
Não que seja minha culpa
Não que não seja
É apenas o meu Eu falando mais alto
Mas não hoje
Hoje, ele está em silêncio
A chuva o silenciou
Talvez por isso
Eu sinta a necessidade de explicar
O que não entendo
Talvez você me diga
Exatamente
O que eu devo fazer.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

15 anos sem Renato Russo

Legião Urbana está longe de ser a minha banda preferida ou que eu mais admiro dentro do cenário nacional. Porém, é impossível negar a influência que teve no início da minha adolescência e, tudo que nos influencia, de um modo ou de outro, nos torna a pessoa que somos.
Lembro dos meus 11, 12 anos, quando comecei a ouvir o BRock. As bandas que mais tocavam lá em casa: Engenheiros do Hawaii e Legião Urbana. A primeira segue sendo a minha favorita, mas hoje não é dia de falar de Humberto Gessinger e sim de Renato Russo.
O que ele representa no nosso BRock? Eu não sei dizer. Sei apenas falar do que ele representa para mim. Ele esteve presente no início do meu auto-conhecimento, estava lá tocando no meu rádio nos momentos de dúvida, de certezas, de crises existenciais de início de vida. Quando ouvi “Fábrica”, pensei pela primeira vez em coisas que não havia pensado antes; quando ouvi “Daniel na cova dos leões”, pensei nas várias maneiras que podem existir para se dizer várias coisas. Era sentimento expresso em música. Ainda penso nessas coisas, ainda me admiro com muitas frases escritas por ele nos anos 80/90 e tão reais 20 anos depois. O mundo e a mediocridade das pessoas continuam o mesmo.
Nesse meu caminho até aqui, parei de ouvir Legião e de gostar do Renato Russo. Não consigo ver nele um ser admirável. Acho a maioria das músicas um reflexo de toda a insegurança e instabilidade emocional que ele sentia. Mas ainda ouço de vez em quando e gosto muito de certas músicas. O último álbum foi o ápice da depressão, toda a tristeza por tudo que não havia sido estava ali.
E se querem saber, não acho que a AIDS o matou. Foi tudo por causa de um coração partido.

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

Tem alguma coisa
Que faz a gente ceder o lugar
Da razão ao da emoção
Pode até ser pouca coisa,
Mas permanece ali

É num dia desses
Que todos se dão conta
Das coisas que já estavam na cara
Talvez o sol a queimar demais
Nos obrigue a escolher
Mas e se for num dia como esses
Que o medo vir à tona?
Não resta esconderijo pra onde se dirigir
E andar só na contramão
É monótono demais
Tem sempre alguma coisa que martela no peito
Que faz a gente ceder
É sempre muito pra permanecer ali.

terça-feira, 4 de outubro de 2011

Outras dúvidas; outras certezas

São muitos os caminhos
Que nos levam a saber
O que já sabíamos
O que pensávamos saber
E entre a duvida e a certeza
Há sempre mais:
Outras dúvidas,
Outras certezas
Outros pontos de encontro
Que sequer fazem sentido
E se nos perguntarmos
Quantas são as possibilidades
Descobriremos ainda mais.


O Infinito
É real.

sábado, 1 de outubro de 2011

Todo mundo pensa em tudo
Tudo pensa em todo mundo
O mundo pensa e pensa
O mundo pouco sente
E por pouco não deixa tudo no caos

O caos existe
Não agora
Não aqui
Mas o caos existe

Todo mundo sabe de tudo
Todo mundo pensa que sabe o suficiente
O suficiente, muda toda hora
E nos faz mais tolos do que
Qualquer um pode imaginar.

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Há coisas que a gente não procura
Apenas encontra
Quando menos se espera
Onde menos se espera
O que era pra ser “momento”
Passa a ser MomentoS
E instantes mais tarde
A gente para e pensa
E fica feliz.

segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Mais do que um dia para não ser esquecido
É agora a hora de todos
Amanhã não teremos
Nem tempo
Nem vontade
Essas coisas passam rápido
O tempo não volta
A vontade volta em outro tempo
Em outro lugar
Num momento em que talvez
A gente já não é mais o mesmo.

sexta-feira, 23 de setembro de 2011

É inútil falar quando ninguém quer ouvir
Deixar a voz solta ao vento
A maioria se perde
De qualquer jeito
O meu maior desafio é ser simples
De qualquer jeito
O jeito é não fazer nada.

sábado, 17 de setembro de 2011

Gospel - Raul Seixas

Por que que o sol nasceu de novo e não amanheceu?
Por que que tanta honestidade no espaço se perdeu?
Por que que Cristo não desceu lá do céu e o veneno só tem gosto de mel?
Por que que a água não matou a sede de quem bebeu?

Por que que eu passo a vida inteira com medo de morrer?
Por que que os sonhos foram feitos pra gente não viver?
Por que que a sala fica sempre arrumada se ela passa o dia inteiro fechada?
Por que que eu tenho caneta e não consigo escrever? (escrever)

Por que que existem as canções e ninguém quer cantar?
Por que que sempre a solidão vem junto com o luar?
Por que que aquele que você quer tão bem já tem sempre ao seu lado outro alguém?
Por que que eu gasto tempo sempre, sempre a perguntar? (perguntar)

quarta-feira, 14 de setembro de 2011

Na atualidade
Temos menos do que no passado
O que pode ser definido como velho e novo
É que é a dúvida
Ser moderno é ser vazio?
Ser antigo é preferir a vida lá fora?
Correr o risco de se queimar
Sem se perguntar que consequências
A queimadura traria
Correr o risco de errar
E de não aprender nada com isso
Pode ser um mundo sem sentido
Podem ser pessoas sem sentido
Mas o ponto é saber onde,
O que faz sentido, está
E... se realmente faz sentido
Um monte de frases juntas
Pode não ser um texto
Esse monte de versos
São apenas palavras soltas
Que eu sinto vontade de explicar
Dizendo quase nada.

terça-feira, 13 de setembro de 2011

Detalhe sobre o Tempo

Quase hora de sair
E o tempo não passa
Tempo, que sequer existe,
Mas que não passa
Nos detalhes encontramos o melhor e o pior
São nos detalhes que as coisas se constroem
São nos detalhes que conseguimos destruir tudo
Inclusive o Tempo que temos
Que é tão relativo e tão real
Que é o detalhe dos nossos dias
Tudo e Nada no qual nos encontramos
No qual já fomos
E deixaremos de ser
A hora que passa é detalhe
O Tempo
É Eterno

sexta-feira, 9 de setembro de 2011

Contramão

Estranha sensação de sentimento vago
Sem noção de sensação
De solidão
Estar na contramão no momento certo
E, de certo modo,
Não sentir a diferença entre ser e existir
Entre ter e não ser
E entre o chão e o abismo
Que uma linha imaginária
Nos impõe.
De todas as poucas coisas
Que são muitas
Que são reais
Que nos passam despercebidas
E que são sentidas no vazio do dia a dia.

quarta-feira, 7 de setembro de 2011

Somos livres por natureza, nos prendemos por opção.

A gente vive feliz na infância, mas o que nos faz perder a felicidade ao longo do caminho? A frustração. Quando crianças, imaginamos um mundo perfeito e, quando nos damos conta, esse mundo perfeito não existe. Aí vem a frustração, a rotina, o tédio e novamente a frustração.
Mas há um outro fator que nos faz infeliz: pensar demais. Todas as pessoas que pensam não são e nunca serão felizes. Sinto uma agonia terrível por causa disso. Sinto também alívio por causa disso. Se penso, logo existo.
E chego ao ponto: sentenças nos fazem infelizes. Lembro muito bem do dia em que eu estava lendo e, de repente, me deparo com a frase: ‘Estamos condenados à Liberdade, pois a única coisa que podemos fazer é escolher’. Ser livre apertou o coração; descobrir que sou responsável por todos pesa. Quando li essa frase me condenei à liberdade. Antes de eu saber, eu não sentia. Se não sentia, não existia. Se não existia, eu não pensava.
Nós somos livres, mas as sentenças nos prendem.

Os fatos

De fato!
O mundo é estranho
Pelos fatos que o fazem
Os fatos
Criam os humanos
Humanos criativos
Criam outros fatos
Criam o mundo
E há muitos fatos
E há muitos mundos
E parece mesmo
Que andamos em círculos

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

Eu vejo e sinto
Se não vejo, ainda assim sinto
E percebo que há sentido
Se é pouco ou demais
Não sei
Não meço
Não me pergunte porque
Só sei que sinto
E sei que há sentido

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Antes que se diga qualquer coisa
Muitas já foram perdidas
E a maioria era importante
E por que ser tão medíocre?
Essa tal de globalização
E linhas imaginárias
Do nos dividindo e nos prendendo
Enquanto não aprendermos
A ser mais
Somos mais um na multidão
E todos falam do óbvio
Como se fosse nada demais
Mas o que fazer do que fizeram com a gente?
Se a gente nunca sabe
Pra que direção correr;
Se a gente nunca sabe
Onde se esconder.

domingo, 28 de agosto de 2011

Tenho que pensar
Planejar
Repensar
Duvidar
E ir além
Contra a teoria
E não me interessar
Olhar pelo avesso
Pensar
No divino
No profano
No dia comum
E no feriado
Na ferida cicatrizada
E naquela que ainda dói
Reformular
A mesma vida
E não sair do
Lugar

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Expectativa

De expectativa o mundo está cheio
Na expectativa do que seria
É que tudo se fez
Em plena lucidez de um feriado
Em plena euforia fora da festa
A gente pensa no que está pra ser
No que poderemos fazer nesse dia
De expectativas a gente vive
De expectativas o mundo se fez.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

A hora da Solidão

É época de ficar só
Tempo apropriado
Para olhar os lados
Dos vários ângulos
Das várias possibilidades
Os tempos são os mesmos de antes
As pessoas são outras
Sempre outras
Em outro lugar é diferente
Mas agora...
Agora é a hora da Solidão
Do vazio sem sentido
Num estado que a alma absorve
E deixa tudo bonito.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Eu não sei mais sobre o ontem
Ele já não existe
Por mais que eu tente acreditar
É só uma questão de ponto de vista
Por favor
Faça questão de ver
E não apenas entender
O essencial se perde por falta de sentido
É só na pele que se sente
Racionais como somos
Não nos damos conta
Nem tudo isso é certo
E ainda somos os mesmos homens
Que viviam em cavernas
E ainda somos heróis
Nem todos os dias
Mas sempre que possível
Sempre que a covardia nos deixar mais fortes
É olho no olho
E nada de dente por dente
É questão de sentir
E (não) questionar.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

E daí se chover?
Isso não me abala
E nem deveria abalar a você
Não tenho medo dos riscos
Da porta aberta
E do som abafado que vem
Da euforia alheia

Pode ser ainda muita coisa
Mas a gente sempre consegue se resumir
E pode inventar uma mentira e repetir
Sem deixar de ser mentira
E passa a ser verdade
E ser mais do que mais
Mais do que solos de base.

Eu ainda invento
Uma linha paralela
Só pra te diferenciar
E te mostrar a diferença que existe em meu olhar.


domingo, 14 de agosto de 2011

Glóbulos exorbitantes

Olhem! Andorinhas lá fora!
Parece passarem por túneis de tintas esmigalhadas por covardes providos de razão INcomum.
(I)Razões desmontam a fertilidade serena, por viés incolores que confrontam fraternamente entre si.
Dissimulados escultores. Espirais pensamentos.
Dividem apenas as “asas” da loucura, enquanto suplicam por esculturas imóveis em suas próprias mentes dilaceradas
Dilaceradas por Faisões moribundos de cultura inerte na mídia copuladora.
Desmontam entre si a guitarra de cores que fluí de Andorinhas que montam a arvore cultural
Obscura sob olhos desagradáveis de mortais com pena do túnel sem cor que emana de vossas mentes insanas.
Mentes idiotas descontroladas a procura de uma verdadeira identidade imersa na droga cibernética sorrindo dentro de seus glóbulos externos.

sábado, 13 de agosto de 2011

Mídia medíocre



Vejo por aí tantas pessoas, principalmente jovens, falando mal da mídia. A pergunta que a maioria faz é: por que nos anos 80 sempre tinha bandas de rock nos programas da tv e hoje em dia não? Por que as bandas de rock que a mídia divulga são aquelas que, mais falsa impossível?
A resposta, meu caros, é muito mais simples e comum do que se pensa: a mídia apenas passa o que melhor lhe convém.
‘Mas e os anos 80?’
Muito simples. Nos anos 80, o Brasil tinha acabado de sair de uma ditadura de longos anos de censura e repreensão. Os jovens queriam, mais do que nunca, serem ouvidos, fazer valer o que pensavam. E a mídia queria que esses jovens consumissem, que assistissem aos seus programas. E foi isso que aconteceu.
As bandas eram reais, a televisão sempre foi falsa.
Todo mundo sabe que foi nos anos 80 que surgiram as maiores e melhores bandas do nosso Brock. Um tempo sem internet para se divulgar o trabalho. Ir para a televisão era o jeito. E a mídia tinha isso sob controle.
Hoje vemos todos os dias surgirem novos artistas que amanhã desaparecem. A mídia cria isso e destrói isso. A mídia dita a moda musical do ano. E isso desde daquela época. Pense nos seus pais que tinha 20 anos nos anos 80 e ouviam aquelas músicas, e viam aqueles programas de tv. Até hoje eles gostam daquelas bandas? Talvez os seus sim, mas a grande maioria não.
Agora, a pergunta que lhes faço: se temos a internet, porque ainda ligamos a tv? A tv não é de toda ruim, as vezes eu gosto de assistir para dar boas risadas das bobagens que eles falam. E eu não estou me referindo aos programas de “humor” não, mas sim aqueles programas que pensam que são sérios.
É... assim é o mundo em que vivemos.
Se você faz parte dele, ainda pode fazer algo para muda-lo.

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

É só mais um dia de tantos infinitos
Mente atenta
Reflexo em dia
Relógio acertado conforme o Distrito Federal
Linhas e mais linhas
Imaginárias


terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ao absurdo do dia
Eu dedico minhas horas vagas
Meus pensamentos sem sentido
Exatos na forma abstrata

O som que não se propaga no vácuo
O vácuo que habita o universo
Mora bem perto do caos

E a primeira quinzena de agosto
Faz sentido para muitos de nós
Mas não muda quase nada.

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Tédio fiel e sem fim
Sem tempo pra se escolher
O pouco que ainda temos
O direito que nos devem
As respostas que esperamos
E as caras que nunca damos
Sem prestar contas ou atenção
Sem pulsar
Se é que resolve
Se é que se pode afirmar
Ou se for sagrado
E nem possa sair do local.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Falta espaço
E tudo é ilusão
Poderia ser perfeito?
Só a ilusão pode.
Poderia ter defeito?
Só o que é real pode.
E o que você poderia?
O que o mundo faria se você pudesse voar?
Será que te louvaria
Ou te desprezaria por tanto ousar?
E você faria isso sozinho à noite
Ou iria de dia observar o mar?
É tanto ar
Que todo mundo respira sem pensar
E se falta num segundo
O desespero é que sufoca
O que se espera é que sempre aconteça o obvio
E nada de mais...
Nada mais
Nada mais obvio do que só isso esperar
Se o tempo parasse, você nem perceberia;
Se você me contasse, eu não acreditaria;
É tudo obvio
E nada demais
Nada mais.

domingo, 15 de maio de 2011

Pecado Sagrado

É divino esse mundo em que nada faz sentido
E a gente vive
É pecado viver desse jeito
Mas, não temos outra escolha
Além de escolher.
Eu sei e você também sabe
Mas que diferença faria
Se a gente nada soubesse?
Nenhuma,
Com certeza.

Hoje é frio
Amanhã tanto faz
Eu prefiro não ver
A previsão do tempo
Dos telejornais.
Estranha sensação de sentimento vago
Sem noção de sensação
De solidão
Estar na contramão no momento certo
E, de certo modo,
Não sentir a diferença entre ser e existir
Entre ter e não ser
E entre o chão e o abismo
Que uma linha imaginária
Nos impõe.
De todas as poucas coisas
Que são muitas
Que são reais
Que nos passam despercebidas
E que são sentidas no vazio do dia a dia.

segunda-feira, 18 de abril de 2011

"Uma pessoa é muita gente"*

São muitas vidas
Em apenas um dia
Em uma semana
É muita gente
Trocando a identidade
Se achando ou se perdendo
Vivendo de tédio
De alegrias
De veneno
Do que o vento trouxer ou levar
Leva embora o que remediado está.

sábado, 16 de abril de 2011

O velho sempre vem.

Vontade para tudo
De fazer o mundo voltar

Hoje deveria ser feriado
Deveria ser dia para pensar e parar
Pesar no peito
E no coração.

É o dia a dia que nos mata, e isso em todos os sentidos. É só prestar atenção.
É a vontade de rotina que nos faz deixar de tentar
E de conhecer o novo
O novo velho que sempre vem
Das coisas que apenas mudam de nome
E nada mais.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Enquanto respiro

Não tenho pressa
Não quero pressão
A prisão de todos os dias
Já é suficiente pra toda essa falta de atenção.

O que não tem nome

Era toda a alegria
Aquele sorriso de quem não tem pecados
E nada de sagrado
Mais que coisas bonitas
Era a verdade vista a olho nu
E a primeira vista cegava
E depois de tanta luz
Acostumava
Assim como se acostuma com o sol
E não era bobagem
Era bonito
Era beleza
Era obra de arte...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Todo homem possui uma cegueira: só vê o que bem quer.

Precisamos nos justificar para nós mesmos,
Diante de um espelho
E nesse espelho, o que conta,
É o que pensamos sobre nós.

Será que é hipocrisia?
Será que é apenas instinto de sobrevivência?

De nada serve a certeza
Além de nos fazer sofrer por planos desfeitos
Pelo acaso?
Pela falta de sorte?
Pelo destino?

Há quem diga que sabe a resposta,
Mas não conta dizendo ser segredo
No fundo ele não tem certeza do que diz
Mas não pode ser julgado
Por mentiras que tantos acreditam.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Precisa-se

Precisa-se de mais paciência
De mais consciência
De mais
Demais banalidade
Demais falta de vontade
Falta de sorte
Falta atenção

Atenção!

Precisa-se de mais emoção
De menos coração
É o que mais se vê
Menos se sente
Quanto mais se pensa em ganhar
Perde-se demais
Quanto mais se pensa em ganhar.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Desfazer a nova ordem

A mente, mente
Engana a visão
E engana o coração
E deixa o eco com gosto amargo
Deixa o grito preso
Na vontade de gritar
A estranha semana que não passa
Apenas deixa o tédio mais real
Tanto por tão pouco
O ano passa rápido
E nos deixa uma vaga impressão
E não nos resta nada
Nada além da estranha impressão.
Cansada de ser ela mesma, resolveu partir
Não levou nada de si
E deixou tudo no seu exato lugar

A vida é a estrada
E a estrada faz a vida andar
Uma vez no mundo,
Nada pode segurar
O que vai
O que vem
E se há outra opção além da escolha,
Desconheço

Cansada de ser alienada
Resolveu voltar
Pra ela mesma.
Voltar à órbita
Aterrissar
O mundo gira
Em tribos espaciais
No espaço sideral
Conhecer galáxias inteiras
Numa fração de tempo
Mas quanto vale um dia
Diante a eternidade
Do universo inteiro?
Sentir o real
Vale mais que saber
Quanto é a eternidade

Mentira repetida repetida repetida...

Vamos imaginar uma história
Sair por aí pra convencer a todos que isso
É a verdade mais sincera
Que já poderia ter ouvido
Vamos repetir essa mentira
Até ela virar verdade
Até que nós mesmos possamos acreditar
Eu já sonhei que o mundo
Era o paraíso
Mas todos sabem
Onde o tal paraíso está
Tentei falar
Talvez eu até tenha gritado
Mas há tantos outros que não querem colaborar
Vamos passear pelas ruas
Fingindo que estamos em outro mundo
Num mundo de iguais
E repetir essa mentira
Até que ela canse da verdade

sábado, 19 de março de 2011

Tonta

Todo mundo é covarde
Todo mundo, um dia, vira heroi
Toda hora a gente faz pose, a gente aposta corrida
E corre contra
O mundo é redondo mesmo
E sempre girando me deixa tonta
E sempre girando faz minha cabeça girar
Me faz ver muitas coisas
Enquanto as curvas escondem tantas outras
Enquanto as curvas me deixam tonta

Pecado é coisa que não existe
Mas você pode inventar um
E sair por aí querendo ser santo
E querendo provar pra qualquer outro
Coisas que nem você acredita
Enquanto o mundo gira e me deixa tonta
E eu, tonta, tento ver o que a curva esconde.

Uisque & Sentimento

Perdi as contas
De tanto tentar te contar
E perdi o rumo
Pra não me desanimar
E volto sempre ao ponto de partida
O que mostra que
Eu nunca saí do lugar

A gente mistura tanta coisa
Uísque & sentimento
No mesmo copo
Bebe num só gole
Pra depois vomitar
A gente mistura passado & presente
E acabamos sempre em outro lugar

E de quem é a culpa?
Tudo que nos fere
Deve ter a causa do efeito
Talvez num suspeito
Qualquer um que
A gente possa condenar

Vontade de Liberdade

Tanta coisa misturada
Tantas coisas num mesmo lugar
Fugindo da sua órbita
Do seu próprio eu
Ainda existe poesia
E isso é uma chance a mais pra quem
É feito de carne, ossos e sentimentos
De vontade de liberdade
De um chão firme pra se pisar
De um lugar onde qualquer lugar seja abrigo
E qualquer hora seja a hora.

É mais do que um tempo fora dele mesmo
É mais que uma vontade de ser infinito
Diante do soberano tempo
Diante de tudo que nos foge por entre os dedos
Numa fração de um segundo tão profundo
Que nem dá tempo pra segurar

Mais um pedaço de outra coisa
E tudo ainda longe demais
Falar assim tão vago
Ou explicar cada um dos detalhes:
Tanto faz.
É só mais uma emoção
Pra ser ver depois do jornal
É um sistema que o seu próprio ego desfaz.

sábado, 5 de março de 2011

Os mesmos diferentes de antes

Nós já não somos os mesmo
A humanidade inteira não é mais a mesma
Apesar de andarmos sempre em círculos
Sempre com um empurrão do Supra Sumo:
O Tempo.

E já cansados de tanto a cabeça girar
É melhor não se embriagar
Nem começar uma briga que de nada vale

Se ninguém entendeu o recado
Paciência
Uma hora a gente deixa claro
Na hora em que não fizer mais sentido

A gente só entende a falta de sentido

Mas já que tudo mudou
E tudo continua igual
Vamos deixar isso pra lá
E nem pense em dizer outra coisa
Já chega de contradição
Chega!

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

De quem é a culpa?

Apertamos sempre na mesma tecla
Giramos sempre o mesmo botão
Queremos que as coisas mudem
Mas nunca mudamos de opinião
Mas nunca mudamos de posição
E pensamos que somos civilização.

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Uma carta não enviada - parte I

Faz tempo que eu queria te falar.
Mas sabe como é: faltou coragem.
A gente sempre acaba se perdendo no tempo e pensando que nada disso faz sentido. A gente se esquece que um dia tudo isso tinha um sentido.
É estranho.
Talvez até seja normal, só eu não tenha me dado conta disso ainda.
Mas enfim, de tudo aquilo que eu queria pouca coisa sobrou. E essas sobras me deixam tonta e perdida. Não sei em que ponto eu me perdi. E você, se perdeu também?
Se isso for normal, então eu prefiro aqueles loucos dias em que vivemos em paz.
Se é que algum dia alguém viveu em paz.

Obs: talvez eu nunca escreva a parte II. Vai depender do meu Eu.

sexta-feira, 7 de janeiro de 2011

Um pouco do meu Eu.

Não consigo ser "como todo mundo"
Não consigo fazer como todo mundo faz
Gosto da mistura do amor pela saudade
E do ódio pela separação imposta
Sempre penso num talvez

E apesar de todos os pesares, eu respiro com prazer
Mesmo quando estou de mau humor
Mesmo quando o meu humor é tão bom
Que incomoda quem não o tem.

E a gente não tem nada mesmo.
E o nosso curto tempo é infinito para muitas outras coisas.